Adaptação aos novos modelos

O diretor executivo da subsidiária brasileira da Messe München, com sede em São Paulo, Rolf Pickert, possui enorme expertise em gestão, com muitos anos de experiência internacional, especialmente nos setores de bens de capital.

Rolf Pickert, director ejecutivo de Messe München do Brasil. Rolf Pickert, diretor executivo da Messe München do Brasil.

Engenheiro mecânico formado pela Technische Universität München (TUM), com MBA em Administração de Projetos pela Fundação Instituto de Administração (FIA / USP), especializações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), desde abril de 2020, ocupa o cargo de Diretor Geral e vem à frente da empresa, atuando com foco na expansão das atividades no Brasil e implementação de uma nova estratégia de crescimento na América Latina.

Como foi o início da empresa e quais foram as consequências da pandemia?

Todo início em um outro país tem aprendizados e superações, e conosco não foi diferente. Hoje temos no nosso portifólio eventos robustos e com o tempo aprendemos o que fazer e como fazer para sempre mantermos um grau de qualidade e excelência.

Considerando a percepção de todas as partes envolvidas. Estamos muito bem estruturados, com uma equipe que em prima pela excelência, motivada. Praticamos gerenciamento de crise, administrando custos sem receita, negociando datas e lidando com todos os desafios oriundos que o home office representa.

Com isso, tivemos mais tempo para avaliar o segmento, para elaboração de novidades tanto para expositores quanto para os visitantes e parceiros, e saliento aqui a atuação conjunta das entidades de apoio do setor.

O uso de plataformas digitais veio mesmo para ficar, é inexorável, e nos possibilita ampliarmos alcance e conhecimento mais tempo e durante 365 dias estamos estarmos próximo do mercado. Os modelos híbridos resistirão ao pós pandemia.

Como foi ver o setor de feiras e eventos tão afetado?

Um levantamento de abril revelou que 98% do setor de eventos foi afetado, atras apenas do entretenimento. A solução para a continuidade foi o uso das plataformas virtuais e assim foi efetuado um redesenho total do setor com os eventos híbridos. M&T Expo e Smart.Con são duas prestigiadas feiras da empresa e ambas em algum momento precisaram ser canceladas. Como foi programá-las com?

Cancelar nunca foi uma opção. A “M&T Expo” foi postergada depois de muitas conversas com clientes e entidades do setor. A Smart.con foi híbrida e se revelou um sucesso. Trabalhamos sempre para o triunfo, ainda que algumas variáveis fujam ao nosso controle, nos empenhamos em estabelecer como meta o êxito e a alacridade.

La primera versión de Smart.con fue considerada un éxito y el próximo año se llevará a cabo nuevamente. A primeira versão do Smart.con foi considerada um sucesso e no próximo ano será realizada novamente.

A 2ª Smart.con acontece em abril e reflete o grande sucesso da edição deste ano... A tecnologia na construção além de acrônica, é também multidimensional. Novidades surgem a todo momento para resultados mais ágeis, sustentáveis, com foco na produtividade, segurança e qualidade. Novos métodos, materiais, aplicações, equipamentos e produtos, nova visão, e muito mais sendo abordado nos 4 pilares da Smart.com que são ENGENEERING, INFRAESTRUCTURE, REAL STATE E RENTAL, que propiciam ‘insistes’ e network para melhorarem seus negócios.

Falando da M&T Expo. Como foi tomar a decisão de adiar uma feira dessa magnitude?

Essa é uma questão importante, e essa decisão foi alinhada para proporcionar sempre as melhores conexões e os melhores resultados. Levando em consideração a importância da M&T Expo, e que faz parte da rede Bauma, além do engajamento natural que ela propicia, entre expositores e visitantes, entendemos que o melhor é realizar o evento sim, no próximo ano. O evento permanece em suas datas originais, ou seja, a cada 3 anos, e a próxima edição se dará em 204, não alterando o calendário original. Congressos serão com participações presenciais e online.

Como você distingue tal conversão na área de eventos?

Alguns aspectos positivos que podemos listar vão desde a facilitada participação de dentro e fora do Brasil, maior número de participantes, menor custo de produção até aumento de venda de patrocínios. De outro lado, temos o receio das pessoas ainda que saibamos que isso esteja de dissipando. Mas um legado inegável é a digitalização, maior alcance e outros benefícios.

Ao longo desses dois anos, o que mudou no mercado e o que pode ser considerado uma tendência para o setor?

Antes de qualquer coisa, ressaltemos a constatação de que nada substitui o contato pessoal, que nunca fora tão valorizado. Continua fundamental e não é substituído por interações digitais. As possibilidades que surgiram são para serem adicionadas ao habitual e não atuarem como substituição. Haverá mais uma seletividade e valorização do tempo.

Pode-se dizer que a crise trouxe uma lição?

A pandemia deixa sim um legado profícuo apesar de todas as tragédias com as quais nos defrontamos. As novas tecnologias não vão substituir o presencial, isso precisa ficar claro. O que vemos é expansão dos eventos no ambiente digital, reformulados, para trazer vínculo e relevância. Temos que acompanhar essas transformações aceleradas e nos harmonizarmos com a mudança de comportamento da sociedade e do mercado.

Existem novas projeções para o setor de feiras no Brasil?

Temos projeções sim, mas informaremos num momento mais oportuno.

Muito vem se falando sobre em como a retomada econômica, passam de maneira intrínseca pelos segmentos da construção civil. Como você avalia essa perspectiva de recuperação?

A indústria da construção é certamente um dos pilares dessa retomada. O Pib da construção cresceu 2,7% no segundo trimestre de 2021, na comparação com o primeiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o resultado mostra consistência na atividade da construção no Brasil. Entretanto, de acordo com relatório da consultoria Mackenzie, revela que o setor da construção civil no mundo é o penúltimo em digitalização, e do ponto de vista de potencial a ser explorado, a médio e longo prazos, o incremento da produtividade também deve contribuir para a aceleração econômica do país.

Luego de la edición 2022, M&T Expo retomará su cronograma original y la 12va versión del evento se realizará en 2024. Após a edição de 2022, a M&T Expo retomará sua programação original e a 12ª versão do evento será realizada em 2024.

Outra grande feira pela qual muito se anseia é a Bauma 2022. Houve por parte dos expositores uma queda de participação?

Não houve queda, e pelo contrário, os 6000 metros quadrados foram vendidos, há lista de espera de expositores. O Grupo Messe foi considerado como uma das 5 melhores realizadoras de feiras do setor de negócios pelo ranking da AMR International.

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