ACP garante terminar obra no Canal do Panamá
03 January 2014
A Autoridade do Canal do Panamá deu garantias à imprensa internacional de que a obra vai ser terminada, apesar do conflito iniciado na primeira semana do ano com o ultimato do consórcio GUPC de paralisar parte da construção se não receber pagamentos adicionais.
Jorge Quijano, presidente da APC, que administra o canal, disse aos jornalistas estrangeiros em seu país que a obra termina, mas não deu data. “Nós nos comprometemos a terminar essa obra. Temos três quartos prontos", disse ele.
A parte do trabalho que está sob conflito é a construção de três novos jogos de eclusas em ambos os lados do canal: apresenta 65% de avanço.
A construtora Sacyr, principal empreiteira do consórcio GUPC, deu até o dia 21 de janeiro para que a ACP lhe pague US$1,6 bilhão a título de “custos adicionais imprevistos”. Se não, promete paralisar as obras das eclusas.
Obviamente, isso abriu um sério conflito no qual estão envolvidos inclusive presidentes e ministros. Do lado panamenho, o presidente Ricardo Martinelli ameaçou ir à Espanha e à Itália (país da Impregilo, outra empreiteira do GUPC) para pedir a seus governos que tomem uma atitude. Do lado espanhol, a ministra Ana Pastor se ofereceu como mediadora do problema.
Enquanto isso, a ACP esclareceu que no pior dos casos o GUPC desiste da obra sem que uma empresa fiduciária assuma o projeto. Ainda assim, as seguradoras teriam que pagar à ACP até US$ 600 milhões.
Com base nisso, Jorge Quijano promete que, se for necessário, empregará recursos da ACP para subcontratar a obra e entrega-la em prazo mais dilatado.