Acordos geram prejuízo para a Odebrecht

A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) apresentou seus resultados de 2016, que revelaram prejuízo em razão das provisões feitas em seu orçamento para pagamento de acordos com as Justiças do Brasil, Estados Unidos e Suíça.

A divisão, que inclui suas operações de construção pesada em todos os países onde atua, obteve receita líquida de R$ 19,4 bilhões, 78% dos quais foram provenientes de suas operações fora do Brasil. Destacam-se aí os faturamentos obtidos na América Latina, principalmente no Panamá, República Dominicana e Peru. Afora a região, seus principais mercados atualmente são Portugal, Emirados Árabes e África.

Com isso, a divisão teria lucro líquido em 2016 de R$ 2,5 bilhões, mas com os ajustes necessários para dar conta das provisões feitas para os acordos judiciais, o resultado se reverteu e o prejuízo ficou em R$ 2 bilhões.

De acordo com um comunicado corporativo, a Odebrecht Engenharia e Construção fechou o ano passado com um total de US$ 16,7 bilhões em forma de projetos em sua carteira internacional. Destes, 72% são contratos assinados no estrangeiro. Do total, 15% são contratos feitos entre a OEC e outras divisões do grupo.

Compliance

No mesmo comunicado, a empresa afirma que continua firme em seu processo de virar a página mais triste de sua história. Registram-se algumas medidas recentes, tais como a decisão de que todas as empresas do grupo tenham ao menos 20% de integrantes independentes em seus conselhos.

Na divisão OEC, a companhia destaca a escolha de Mike Munro há um ano para a posição de Chief Compliance Officer. Entre suas realizações em doze meses de atividade com esta responsabilidade, se informa que Munro treinou 100% da alta liderança da empresa nas melhores práticas corporativas de agora para o futuro.