Acordo com concessionários pode promover ampliação do porto de Buenos Aires

A Administração Geral de Portos da Argentina e as três empresas operadoras dos três terminais do porto de Buenos Aires estão muito próximas de um acordo para expansão da estrutura portuária da capital contra a prorrogação das concessões pelo governo nacional, segundo informaram jornais locais.

As concessões dos três terminais portuários vêm dos anos 1990, e a prorrogação por um período ainda não especificado será a condição para que as empresas operadoras aceitem investir de seu próprio capital quantias importantes que poderão renovar a capacidade de carga de Buenos Aires. O governo nacional tem agora o processo em suas mãos, porque cabe a ele desenhar uma solução legal e econômica para prorrogar as concessões.

No caso de que o acordo dê resultado, o terminal Rio de la Plata, que é operado pela DubaiPorts, receberá investimentos de US$ 185 milhões em obras de construção de dois novos píeres, um com 350 e outro com 470 metros. Além disso, seriam comprados novos guindastes pelo valor de US$ 109 milhões.

O Terminal 4, operado pela APM Terminals, poderá receber investimento de US$ 137 milhões na construção de um novo píer de 400 metros e mais US$ 55 milhões na compra de novos guindastes.

O Terminal 5, que por sua vez é operado por Hutchinson Ports, deverá investir na construção de um novo ponto de atracação de 400 metros, além de remodelar o sistema de quebra-mar do terminal. Nessas obras, o Terminal 5 consumirá US$ 162 milhões, mas também comprará novos guindastes pelo valor de US$ 88 milhões.

Além de prorrogar as concessões, o acordo põe sobre o governo argentino a obrigação de fazer a dragagem necessária para que a profundidade de todo o sistema portuário chegue aos 40 pés. Com isso, calcula-se que Buenos Aires possa estar em condição de competir com os portos de Montevidéu e do sul do Brasil. Essa profundidade é a que se considera mais adequada para o tamanho dos navios de transporte de carga atuais.