Ranking ICm20: novos saltos

26 November 2020

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No ranking ICm20 do ano passado, ficou mostrado um grande salto de 12,5%, mas a tabela deste ano veio ainda melhor, com crescimento de 18,6%.

Desde já é bom esclarecer que o atual ranking ICm20 se baseia em números de vendas relacionadas a guindastes de todo o ano de 2019 e o ano financeiro de 12 meses até finais de março de 2020. Lamentavelmente, é muito provável que a tabela do ano que vem mostre uma imagem muito diferente, visto o impacto da Covid-19 nas vendas que estão sendo feitas neste ano.

Mas voltando à tabela do ano passado, as vendas totais combinadas das 20 maiores empresas somaram US$ 33,03 bilhões, bem mais do que os US$ 27,85 bilhões da tabela de 2019. Tal como no ano passado, grande parte do aumento proveio de fabricantes chineses, que tiveram um excelente 2019 graças a um segundo ano de forte demanda no mercado nacional.

O mais notável foi o aumento de quatro posições da Zoomlion, de sétimo para terceiro na tabela, com um assombroso crescimento de 77,57% em suas vendas. Os crescimentos dos outros fabricantes chineses foram de 49% para a Sany, 32% para a XCMG, e de 10% para a fabricante de guindastes portuários ZPMC. O aumento da Zoomlion foi suficiente para colocá-la um lugar à frente da XCMG e fazer a ZPMC retroceder para a sexta posição. Por sua vez, a Sany subiu dois lugares e ficou na oitava posição.

Na parte superior da tabela, a Liebherr ganhou ainda mais distância que no ano passado em relação a seu competidor mais próximo, a Konecranes, aumentando a liderança que já detinha. Afinal, o crescimento não foi exclusividade dos fabricantes chineses. A Liebherr aumentou sua receita em mais de 15%, faturando US$ 4,7 bilhões. A Konecranes experimentou crescimento de 4,4%, ficando em US$ 3,8 bilhões.

A empresa Cargotec, que ocupou o terceiro lugar no ano passado, ficou na quinta posição, isto apesar de um aumento de 13% nas suas vendas, faturando US$ 2,93 bilhões. É interessante notar que, assumindo que a recém anunciada fusão entre Cargotec e Konecranes vá adiante, a empresa que dali surgir terá faturamento de cerca de US$ 6,7 bilhões, e assumirá a liderança do mercado mundial de imediato.

Falando de fusões e aquisições, a Tadano passou de nono para sétimo lugar. Seus números incluem a contribuição da Demag desde agosto de 2019 até o final de seu período (31 de março de 2020). A Tadano adquiriu o negócio de guindastes móveis AT e sobre esteiras Demag da Terex. Como era de se esperar, a Terex Cranes caiu este ano mais três posições, saindo de 11ª para 14ª.

É de se lembrar que tempos atrás a Terex Cranes chegou a ocupar o segundo lugar na tabela, mas há alguns anos caiu para a nona posição depois de vender seu negócio de soluções portuárias e manipulação de materiais para a Konecranes, que em função da aquisição saiu de quinto para o segundo lugar. Por não a ver números desagregados para a Terex Cranes, estimou-se a venda anual de guindastes RT, gruas torre e modelos pick and carry.

 

Voltando à Tadano, a incorporação da Demag ajudou a aumentar as vendas gerais e também as vendas de guindastes Tadano, o que permitiu à empresa se aproximar do seu objetivo declarado de se tornar, uma vez mais, o maior fabricante de guindastes do mundo, uma posição que ocupou há cerca de 20 anos. Mas a fusão já mencionada entre a Cargotec e a Konecranes não ajudará neste sentido.

Mais abaixo na tabela, a Manitowoc caiu três lugares para a nona posição. É a primeira empresa da lista em mostrar uma redução de suas vendas, embora apenas de 0,7%, passando de US$ 1,85 bilhão para US$ 1,83 bilhão. A maior parte desta queda pode ser atribuída à ascensão dos fabricantes chineses, ainda que valha lembrar que a empresa vem caindo neste ranking há cinco anos, quando ocupava a quarta posição.

O top dez da lista é fechado pela Palfinger, que apesar de celebrar um novo ano de crescimento sustentado e contínuo (em 2019 a receita da austríaca aumentou em 12,6%), voltou à décima posição, onde estava em 2015.

Passando à segunda metade dos vinte primeiros, há menos influência dos fabricantes chineses.

A fabricante de guindastes industriais Columbis McKinnon subiu uma posição à 11ª, com aumento de vendas de mais de 4%. Também subiu um lugar a japonesa Kato, ficando em 12ª. Curiosamente, esta empresa avançou na lista apesar de queda de 8,8% nas suas vendas.

Desempenho excepcional foi registrado pela Sennebogen. A alemã, graças a um aumento de 45% em suas vendas (melhor ano da empresa) avançou dois lugares e ficou em 13ª. Ficou à frente da Link-Belt, que caiu dois lugares com menores vendas que no ano passado. Apesar disso, foi uma queda menor que a da japonesa Kobelco, que mesmo com a redução na venda conseguiu se manter na posição de 16ª.

As seguintes duas empresas, também japonesas, HSC Sumitomo e Iuego Furukawa, se mantiveram nas posições 17 e 18, respectivamente. As vendas da primeira se mantiveram estáveis, enquanto a segunda aumentou quase 9%.

Completando o ICm20 de 2020, a Fassi conseguiu ganhar um lugar com aumento de 6% nas vendas, trocando de posição com a Manitex, cuja receita caiu 7% e que fecha a lista na posição de número 20.

Fora do top 20, encontram-se a Favelle Favco, que inclui o negócio de gruas torre Krøll, e o fabricante chinês de gruas torre Yongmao. Ambos mostraram fortes aumentos com relação ao ano passado, a primeira com crescimento de 30,78% e a segunda com quase 9%.

Presumivelmente, este excelente ano se traduzirá em um exercício acidentado, ou na melhor hipótese estável, da tabela ICm20 de 2021, já que os resultados serão afetados pela pandemia.

 

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