Construção Argentina cresce quase 100%

Conforme divulgado pelo Instituto de Estatística e Censo da Argentina (Indec), a atividade de construção no país registrou um aumento de 97,6% em março deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. Um claro sinal de recuperação.

Esses dados confirmam o aumento da atividade no setor, que vem sendo evidente desde dezembro do ano passado. É claro que isso foi dado por causa dos efeitos produzidos pelo covid-19 durante quase todo o ano de 2020.

No entanto, esse resultado pode ser um pouco distorcido, dado que em março passado o governo argentino ditou regras de confinamento severas devido à pandemia, paralisando, entre muitas outras coisas, obras em todo o país. Dessa forma, sem a produção diária, a indústria se estanca.

Não obstante o anterior, o item apresentou ligeira queda de 0,5% em março de 2021, em relação a fevereiro deste ano. No entanto, o primeiro trimestre representa um aumento de 42,4%, em relação a 2020. Nesse sentido, deve-se considerar que janeiro e fevereiro de 2020 foram meses sem pandemia na Argentina.

Os números do relatório do Indec mostram que em 2020 a atividade de construção na Argentina caiu 19,5%, mas a perspectiva para este ano é de uma recuperação moderada. “Para o setor de construção esperamos uma evolução positiva, embora desacelerando em relação à recuperação que teve desde meados do ano passado. O aumento dos gastos com obras públicas e o déficit cambial geram incentivos no setor, embora no primeiro caso, A destinação dos recursos pode ser alterada caso o ressurgimento dos casos COVID-19 force um redirecionamento dos gastos públicos”, destacou a consultoria LCG em relatório.

Por outro lado, de acordo com os resultados divulgados pelo relatório do Indec às grandes empresas do setor, 20,8% das que realizam obras privadas preveem que o nível de atividade do setor aumentará nos próximos três meses, enquanto 64, 1% acham que não vai mudar e 15,1% que vai diminuir.

Entre as empresas que se dedicam principalmente às obras públicas, 29,5% consideram que o nível de atividade vai crescer entre abril e junho, 53,8% acreditam que não vai mudar e 16,7% que vai haver contração do setor. Vamos ver o que vai acontecer.