Cepal piora prognósticos latino-americanos

18 December 2015

Banderas Latinoamericanas

Banderas Latinoamericanas

Impactadas por um cenário externo complexo, as economias da América Latina e Caribe em 2015 experimentaram uma média de queda de 0,4%, isso foi o que a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) anunciou em suas últimas projeções entregues essa semana. Cabe recordar que em outubro, a organização havia advertido uma queda de 0,3% na região.

Ainda assim, as projeções para 2016 também caíram, dado que segundo a Cepal, as economias latino-americanas e caribenhas somente se expandiriam em uma média de 0,2%, menos que o 0,7% projetado no balanço anterior.

“É necessário retomar o crescimento e reverter o ciclo contrativo de investimento em contexto de lenta recuperação mundial e queda no comércio”, declarou Alicia Bárcena, secretária executiva da Cepal, ao apresentar seu informe anual “Balanço Preliminar das Economias da América Latina e Caribe 2015”.

Segundo o informe, a região deverá enfrentar em 2016 diversos cenários e riscos da economia mundial, que sem dúvida condicionarão seu desempenho econômico. Na frente externa se prevê que o crescimento global se mantenha lenta e chegue a 2,9%, enquanto que persiste a incerteza sobre a China –um dos principais sócios comerciais da região- país que continuará desacelerado em até 6,4%. Outro fator a considerar é que os preços das matérias primas que a região exporta se manterão baixos, o que voltaria a mostrar que em 2016 haverá um deterioro em seus termos de intercambio.

Em matéria financeira, a Cepal explica que no próximo ano persistirão a volatilidade e a incerteza observadas em 2015, com o que algumas economias emergentes seguirão tendo dificuldades para obter recursos nos mercados internacionais. A isso se soma a persistente apreciação do dólar e o aumento da taxa de juros nos EUA.

Projeção por país

Enquanto a América Central crescerá em torno de 4,3% em 2016, a América do Sul anotará uma contração de -0,8%, principalmente pelos retrocessos esperados no Brasil (-0,2%) e Venezuela (-7%). Já o Caribe anglo-saxão crescerá 1,6%. Segundo as projeções, o Panamá liderará o crescimento regional no próximo ano com uma expansão de 6,2%, seguido pela Dominica e República Dominicana (5,2%), San Kitts e Nevis (4,7%) e Bolívia (4,5%). Se prevê que a Nicarágua cresça 4,3%, enquanto que Cuba 4,2%, a Guatemala 4%, Peru 3,4%, Costa Rica e Honduras 3,3%, Colômbia e Paraguai 3%, México 2,6%, Haiti 2,5%, El Salvador 2,4%, Chile 2,1%, Uruguai 1,5%, Argentina 0,8% e Equador 0,3%.

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