8 em cada 10 profissionais da construção civil são homens

A diferença salarial entre o cargo de engenheiro civil é de 38,6% entre os gêneros, segundo pesquisa do Banco Nacional de Empregos (BNE)

A construção civil é um setor majoritariamente masculino. Entre os profissionais registrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), 80,5% são homens e apenas 19,5% mulheres. Embora a parcela seja pequena, em 2021, o número de mulheres no setor cresceu 16%, o equivalente a 500 mil profissionais, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Reprodução: freepik

Apesar do avanço, as mulheres seguem enfrentando obstáculos relativos à preconceito, assédio, desigualdade salarial e oportunidade de crescimento na área. De acordo com a pesquisa do Banco Nacional de Empregos (BNE), o cargo de engenheiro civil possui uma diferença salarial de 38,6% entre os gêneros, porcentagem maior do que a média nacional de discrepância salarial entre homens e mulheres divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE em 2021, que é de 20,5%.

Para Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia: “A luta para conseguir representatividade no setor marcado pela presença masculina não é fácil. Apesar de existirem resultados otimistas, a progressão é lenta e não podemos nos contentar apenas com cargos simples. A luta é sobre igualdade, sobre termos as mesmas oportunidades que qualquer homem no mercado de trabalho”.

Na liderança da empresa, a diretora coordenou a montagem de grandes eventos como as Olimpíadas do Rio 2016, a Copa do Mundo FIFA 2014, GP de Fórmula 1 de São Paulo, Jogos Sul-Americanos Assunção 2022, e Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, entre outros projetos.

Segundo Tatiana, a companhia dobrou o quadro de mulheres totalizando 40 que possuem o salário igualitário ao dos homens. “Nosso time no Chile é praticamente de mulheres, entre elas engenheiras, gestoras e arquitetas. Buscamos sempre dar preferência para a mulher”, complementa.

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Oportunidades da diversidade e inclusão

Para a especialista, a equiparação tanto de funções e oportunidades para as mulheres dentro do ramo da construção civil só tendem a trazer benefícios para o setor como:

  • Inovação e criatividade: grupos diversos trazem diferentes perspectivas, experiências e habilidades para resolver crises de maneiras criativas, impulsionando inovações dentro do setor.

  • Desempenho: Equipes diversificadas tendem a superar equipes homogêneas em termos de desempenho, produtividade e eficácia na resolução de problemas.

  • Redução de preconceitos: com a inclusão, as empresas combatem preconceitos e estereótipos, promovendo um ambiente mais justo e equitativo para todos os funcionários.

  • Responsabilidade social corporativa: a inclusão não beneficia apenas a empresa, mas também demonstra compromisso com a responsabilidade social corporativa, construindo uma imagem positiva e fortalecendo relacionamentos com a comunidade.
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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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